Relatório do questionário público sobre a legislação antirracismo  

Resumo executivo 

Young professional man on his laptop

A participação na legislação antirracismo baseia-se na Lei de Dados Antirracismo recentemente elaborada. 

Ela destina-se a fundamentar os esforços do governo da província para desmantelar o racismo sistêmico e abordar os danos sofridos pelos povos indígenas e racializados na Colúmbia Britânica. 

Um resultado desses esforços será um conjunto de leis antirracistas e antidiscriminação da província. 

A participação inclui esta pesquisa pública e discussões lideradas por 68 organizações comunitárias. CultureAlly, a empresa contratada pelo Ministério da Procuradoria-Geral, resumiu essas discussões da comunidade em um relatório separado. 

Este relatório resume os resultados da pesquisa pública que estava disponível online em 15 idiomas, realizada de 5 de junho de 2023 a 3 de outubro de 2023 que coletou um total de 2.179 respostas. 

Nenhuma pergunta na pesquisa era obrigatória e consistia em: 

  • 10 questões temáticas
  • Várias perguntas discursivas para coletar feedback nas próprias palavras dos participantes
  • 10 perguntas demográficas com a opção “Prefiro não responder”

Com base nos resultados desta pesquisa, o público sentiu que o governo da província deveria priorizar a educação e o treinamento antirracismo para funcionários públicos, a fim de combater o racismo sistêmico em BC. Da mesma forma, as três principais sugestões por escrito de medidas foram abordar o sistema e a estrutura do serviço público, melhorar e financiar apoios comunitários e expandir a educação K-12 antirracismo. No decorrer dos resultados da pesquisa, houve um tema consistente de negação do racismo sistêmico e trauma racial em todos os grupos demográficos. O conteúdo desse feedback variou de observações racistas explícitas a racismo implícito e vitimização. Em vez de abordar o tema do negacionismo no âmbito de cada questão, incluiu-se um resumo da análise. 

8-1-1|Healthlink BC ou 7-1-1 e o Tribunal de Direitos Humanos de B.C. foram os serviços mais reconhecidos como disponíveis para pessoas impactadas pelo racismo sistêmico. Os participantes também forneceram uma lista de outros provedores de serviços comunitários, como Centros de Amizade, Autoridade de Saúde das Primeiras Nações e Resiliência BC. Outros serviços regionais foram mencionados, como os Serviços de Imigração e Comunidade do sul do Okanagan. Segurança cultural, relevância, confidencialidade e facilidade de uso foram as características mais importantes que os participantes esperavam ao acessar os serviços de apoio. 

Para os participantes que declararam ter uma conexão religiosa, a coordenação dos serviços foi a mais importante. 

Pouco mais da metade dos participantes disse que acessaria programas de justiça restaurativa para um incidente racista. A disposição de acessar esses programas foi sobretudo consistente em todos os contextos étnicos, religiosos e de gênero.  

Os três principais valores despertados pela palavra multiculturalismo foram: respeito, diversidade e aceitação. A palavra antirracismo estimulava valores de educação, respeito e equidade. Respeito e inclusão foram valores compartilhados por ambos os termos. Quando se solicitou que os participantes classificassem os seis valores enumerados, equidade e inclusão foram identificados como os mais importantes.  

Os participantes revelaram que a recuperação do trauma racial implica edificar a comunidade, compartilhar e apoiar aqueles que o vivenciam, juntamente com conscientização e educação. Houve também um tema consistente de negação focado em não acreditar que o trauma racial existe. A provisão de apoio foi prioridade máxima para indígenas, negros e pessoas de cor (Indigenous, Black and Peoples of Colour, IBPOC). 

Além dos temas consistentes de negacionismo e racismo, houve outros temas recorrentes em toda a pesquisa, especificamente: 

  • Educação (especialmente K-12): a necessidade de iniciar a educação antirracista desde os primeiros níveis até a graduação
  • Conscientização: a necessidade de amplificar as mensagens antirracismo e antidiscriminação no âmbito do discurso público
  • Interseccionalidade: a importância de entender como o racismo se conecta a padrões de privilégio e desigualdades